Pochmann pede adaptações para nova governança

Dated Published: May 2008

Presidente do Ipea afirmou, em entrevista após a abertura do evento, que a crise ainda não provocou as mudanças necessárias

Nesta quarta-feira, 14, na coletiva à imprensa depois da abertura da Cúpula BRIC de Think Tanks: O papel dos BRIC na transformação global após a crise econômica, o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, afirmou que a crise mundial ainda não provocou mudanças que seriam essenciais para uma nova governança, entre as quais, alterações nas estruturas de instituições multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Temos encontros do G20, do BRIC, recentemente o Fórum Índia, Brasil e África do Sul (Ibas), mas eles não têm a força das instituições oficiais”, argumentou Pochmann.

Não faltaram acusações aos países desenvolvidos, por não cooperarem para a segurança ambiental, tampouco para uma governança que garanta qualidade de vida aos habitantes do planeta. O vice-presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Li Yang, por exemplo, levantou a hipótese de esses países se articularem contra os biocombustíveis pela perspectiva de o Brasil vir a liderar esse mercado. “Se isso acontecesse nos próximos anos, o Brasil seria líder no mercado, pois tem produção e tecnologia. Isso eles não querem”, disse o pesquisador.

Participaram da mesa de abertura o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães; o presidente do Ipea, Marcio Pochmann; o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Patriota; o diretor do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (CIP-CI), Rathin Roy; e os embaixadores da Índia, B. S. Prakash; da China, Qiu Xiaoqi; e da Rússia, Sergey Pogosovich Akopov.

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